sábado, 7 de agosto de 2010

Fica-a-dica.

Um amigo me mostrou e eu amei.

É exatamente isso que o blog tem pregado nos demais posts.

http://www.youtube.com/watch?v=33OT3kcU6jY

sábado, 29 de maio de 2010

Alicismo

Antes de começar este post, gostaria de mencionar que o assunto abaixo pautado não estava no script de hoje.
Na verdade, tudo começou quando fui cobrir um desfile. Lingeries seria o assunto em pauta, se eu não tivesse presenciado o show de fechamento.
Tratava-se do tão comentado tema “Alice no país das maravilhas”. Embora o filme tenha vários quesitos a serem assuntados, o figurino louco - como o chapeleiro e romântico – tal qual Alice, ainda ganha o primeiro lugar no pódio das discussões.
Quantidade tão grande essa, que me atentou para a questão: Até qual ponto é válido seguir os modismos ditados pelas mídias? Aliás, é válido? Por quê?
Partindo do pré suposto que, tudo hoje em dia é comunicação de moda, podemos nos considerar consumidores influenciáveis de uma moda que temos conhecimento de sua efemeridade?

Resumindo a ópera, pense:
“USO PORQUE ESTÁ NA MODA”
ou,
“SE NÃO É A MINHA CARA, EU NÃO USO”

Abaixo, imagens do show:






























Abaixo, imagens do filme:














Abaixo, um link de um site dos looks relacionados ao filme:
http://www.missselfridge.com/webapp/wcs/stores/servlet/StaticPageDisplay?storeId=12554&catalogId=20555&identifier=mscat1%20alice%20in%20wonderland


Não deixe de comentar, sua opinião é de extrema importância para mim e minha monografia!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Eu me visto, Tu te vestes, Ele se veste, Nós nos vestimos, Vós vos vestis, Eles se vestem... bem?

E você, acha que é importante estar bem vestido?

O que é estar bem vestido? Sentir-se bem com o que se usa ou seguir as tendências da moda?

Comente em nosso espaço ou mande seu vídeo para o e-mail engenhoseretalhos@gmail.com, ele será exibido no Engenhos & Retalhos durante essa semana.

domingo, 9 de maio de 2010

A MODA É: ESTAR NA MODA

Antigamente, o que era conhecido apenas como um sinônimo de proteção ou adorno para o corpo, hoje, ganhou dimensão, forma e cor, tomando um rumo um tanto quanto diferente de sua proposta inicial.
Pode-se dizer que a evolução da sociedade acompanha a evolução dos meios de comunicação, da tecnologia, da ciência e, por que não dizer, também da moda?
Atualmente estampada em blogs, revistas, filmes, editoriais de jornais, programas de TV e em muitas discussões, ela tem conquistado novos espaços e ganhado cada dia mais plataformas.
Mas, afinal, o que é moda e por que ela tem ganhado tanta evidência?
Para o coordenador e professor do curso de moda da Universidade Sagrado Coração, Odil Zepper, mais conhecido como ‘Juba’, a moda nada mais é do que um reflexo do comportamento da economia, da política, da cultura e, acima de tudo, da sociedade.
A moda é tudo e está presente em tudo que vemos, vestimos, usamos, comemos e compramos. “Esse assunto é muito abrangente, pois tudo é informação de moda hoje em dia, e não é só através do segmento do vestir que se faz a moda, ela está também ligada a arquitetura, gastronomia, design, decoração, enfim, a todas as formas de consumo”, afirma Juba.
Na verdade, a ideia de moda surgiu no século XVI, quando os burgueses que tinham poder econômico, mas não status, começaram a imitar o modo de vestir dos nobres. A professora de história da moda, Claudia Detomini, conta que “estes, por sua vez, mudavam seu modo de vestir, e eram copiados novamente, e novamente. Foi através dessa engrenagem que se formou o conceito de moda”.
Aliás, um conceito muito diferente do atual. “Hoje, as coisas mudam com muita rapidez, pois a forma como as roupas se tornam moda pode vir de várias circunstâncias: das ruas, das criações, dos comportamentos, das novelas e assim por diante”, explica Claudia.
Quando observamos a história, notamos que tudo não só pode ser, como também foi adaptado e readaptado à moda ao longo dos séculos. Um bom exemplo citado pela professora é que “as portas dos palácios eram modificadas ao passo que aumentava a largura das armações das saias e da altura dos impressionantes penteados. Com isso, poltronas, aposentos e toda arquitetura da época passaram por uma série de mudanças.”
E claro, as mudanças comportamentais da sociedade não passaram despercebidas. Claudia Detomini acrescenta que as moças do século XIX passavam muito tempo em pé por causa dos espartilhos e até mantinham certa distância das outras pessoas em festas, devido ao tamanho das crinolinas que deixavam suas saias extremamente rodadas. A história mostra que as mulheres eram as que mais sofriam dentro desse contexto. “Até serem criadas as anquinhas retráteis, as anquinhas originais eram outro adorno que, durante um bom tempo, trouxe muita dificuldade para as mulheres ao sentar”, ela conta.
Enquanto antigamente a moda era ditada por certos ícones que conhecemos por estilistas renomados, hoje se pode dizer que, nós mesmos somos ditadores do que queremos usar. Pois antes de ser definido o que será uma tendência para determinada estação, ou período de tempo, há sempre uma pesquisa de mercado por trás de uma criação bem-sucedida.
Contudo, foi só no final da década de 40 que se ouviu falar pela primeira vez em mercado de moda, quando os EUA, aproveitando-se do advento da segunda Guerra Mundial, resolveram produzir o que ficou conhecido como “roupas prontas para usar” ou “ready-to-wear”, em grande quantidade e mais barata, e logo todos os outros países começaram a fazer o mesmo.
Já hoje em dia, dentro desse contexto globalizado, onde tudo é muito parecido, a principal proposta da moda é ser diferente. Para a coordenadora do curso de moda do SENAC de Bauru, Carla Costa, “isso ocorre porque existe a grande necessidade de se destacar no meio da multidão uniforme. Desde o começo dos anos 2000 não se vê nenhuma novidade. O que temos são apenas referências e repaginações do que já existia.”
Ávidos pela fuga do que pode ser julgado “comum”, os chamados fashionistas se mostram dispostos a assumirem uma postura de evidência, a fim de ganhar reconhecimento através da imagem que desejam passar. “É como se seu modo de vestir gritasse para o mundo: eu sou diferente, eu não sou igual a todo mundo. Eu sou moderno”, comenta Carla.
O assunto “vestir-se bem” na atual conjuntura não é tão simples quanto parece. O sentido da frase “Vista-se mal e vão reparar no vestido. Vista-se bem e vão reparar na mulher”, dita por Coco Chanel, uma das mais ilustríssimas estilistas da década de 20, no mundo de hoje é uma verdade. Uma pessoa bem-vestida sempre causa uma boa impressão e transmite credibilidade. “Não basta ser competente, tem que parecer competente”, diz o professor Juba.
“Não existe essa idéia de que aparência não significa nada, o que interessa é o profissional que eu sou. Nós somos julgados pela aparência o tempo todo e em poucos segundos uma visão sobre nós é criada. Portanto, uma pessoa bem-vestida é ícone de confiança e até de admiração”, acrescenta Carla Costa. Numa sociedade preconceituosa, na qual classes sociais, raças e credos são assuntos muito discutidos, aparências e comportamentos são temas sempre levados em conta.

Arte, ofício e prestígio
Falando em preconceito, a moda é um dos temas que não está fora desse problema. Vista por alguns como uma forma de arte, para outros é apenas uma efemeridade da qual a sociedade se apropriou para suprir seus desejos de consumo.
A professora Claudia Detomini ressalta que ainda há preconceito, mas não como antigamente. “Os fashion weeks, das capitais da moda, mostraram, nessa última década, o peso econômico desse ramo de negócios, fazendo com que as pessoas enxergassem a moda além da imagem fútil da qual ela é vítima”, observa.
Imagem pela qual somos grandes responsáveis. Na visão do aluno do curso de Desing de Moda do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Lucas Quaggio, a moda recebe essa conotação efêmera porque, no Brasil, não é considerada uma forma de arte. “O que acontece aqui é a criação para o dia a dia, dentro de um contexto comercial. Enquanto, lá fora, acontece o que presenciamos nos grandes desfiles internacionais, o que conhecemos pela moda não usável, conhecido como conceitual, que nada mais é do que: o vestir com uma visão distorcida, é uma outra dimensão, é a roupa que não se vê nas ruas. E isso é chamado de moda arte”, explica.
No entanto, também se observa um lado profissional muito intenso voltado para o assunto. É o que afirma Carla Costa: “A partir do momento em que a moda começou a movimentar dinheiro, tanto dentro, quanto fora do país, ela começou a ser vista como uma profissão, com muito mais seriedade e reconhecimento”.
Portanto, os interessados em seguir essa carreira devem estar sempre atentos e atualizados, munindo-se sempre de informação, porque criar por criar é como dar um tiro no escuro. “Estar bem informado é o essencial para que se alcance o tão esperado sucesso. É muito bonito você criar e sair batendo palminha no final do desfile, mas sua criação tem que ter fundamento”, diz Carla Costa.
Em outras palavras, é importante ter criatividade, mas muito mais que isso é conhecer e compreender sobre o que se vai criar. Carla pontua: “Criar uma coisa muito linda que saiu da sua cabeça é bom, mas você criar uma coisa muito linda que saiu da sua cabeça e que vá atingir uma grande parcela da população a fim de comprar aquilo é melhor ainda.”


Fonte de inspiração, renda, criação, arte, profissão... E para você, o que é moda?